No Brasil, o Sistema Comércio é composto pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, por 34 Federações Estaduais e Nacionais, 1035 Sindicatos que representam quase 5 milhões de empresas do setor, além de Sesc e Senac. O Sistema abrange todo o território Nacional e sua estrutura está à disposição dos empresários brasileiros.

  • 73,4%

Total da participação de comércio e serviços no PIB brasileiro;

 

  • 23,4%

Total da participação das atividades de comércio e serviços
representadas pela CNC – (10,5% Serviços e 12,9% Comércio);

 

  • 48,9

Milhões de empregos gerados pelo comércio e por serviços no Brasil;

 

  • 22,2

Milhões de empregos gerados nas atividades de comércio e serviços
representadas pela CNC – (8,5 milhões Serviços, 13,7 milhões Comércio);

 

  • 2 mil

Municípios atendidos por Sesc e Senac, instituições com maior
capilaridade no território nacional.

Criado no dia 13 de setembro de 1946 pelo Decreto-Lei n° 9.853, o Sesc é uma instituição privada com fins públicos. Seu público-alvo são os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus familiares, a quem destina prioritariamente suas ações nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, ou seja, um conjunto de ações socioeducativas e assistenciais que promovem a participação social e a cooperação entre indivíduos, grupos e instituições, além de contribuir para a inclusão social, acesso a direitos e inserção produtiva

Ao longo do tempo, esse trabalho foi estendido e, atualmente, toda a população se beneficia com seus serviços, dentro do compromisso da entidade em cooperar com o governo, o empresariado e os trabalhadores. Para a realização desse trabalho, o Sesc conta com uma rede ampla e diversificada, composta por escolas, consultórios médicos e odontológicos, restaurantes e lanchonetes, espaços cênicos e de exposições, centros culturais, bibliotecas, ginásios e quadras de esportes, parques aquáticos, academias, áreas de recreação, hotéis, pousadas, estâncias ecológicas, entre outros. Também leva seus serviços a praças, parques e empresas, por meio de parcerias com instituições públicas e privadas. Além das unidades situadas nas principais cidades do Brasil e em municípios do interior, o Sesc estende sua ação por meio de unidades móveis atingindo 2,2 mil municípios. Essas unidades móveis são caminhões especialmente adaptados que oferecem ações de saúde, cultura, nutrição e lazer. O atendimento é voltado principalmente a cidades e comunidades distantes, que têm dificuldade de acesso a serviços por conta de sua localização. A presença nacional da entidade, chegando até locais remotos, possibilita atender seu público conforme as características culturais de cada localidade. Isso faz do Sesc muitas vezes a única ou uma das mais significativas alternativas de cultura, saúde e lazer das cidades onde atua. Em todas as ações, a formação de cidadãos mais plenos e participantes da vida do país é o que inspira os quase 36 mil funcionários do Sesc. A heterogeneidade do povo brasileiro e a imensidão do país se refletem na atuação plural e diversificada dos seus projetos que objetivam atender ao máximo essas diferenças e necessidades que conheceremos a seguir.


ASSISTÊNCIA

As atividades assistenciais do Sesc objetivam a integração dos indivíduos à sociedade, seja realizando atividades em grupo, seja levando algum tipo de auxílio aos mais necessitados.

O Mesa Brasil Sesc é uma rede nacional de bancos de alimentos contra a fome e o desperdício. Seu objetivo é contribuir para a promoção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de pobreza, em uma perspectiva de inclusão social. Trata-se essencialmente de um Programa de Segurança Alimentar e Nutricional, baseado em ações educativas e de distribuição de alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas que ainda podem ser consumidos. Por meio de acordos com diversas empresas, o Mesa Brasil Sesc busca onde sobra e entrega onde falta. De um lado, contribui para a diminuição do desperdício, e, de outro, reduz a condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos. Em ambos os polos desse percurso, as estratégias de mobilização e as ações educativas incentivam a solidariedade e o desenvolvimento comunitário.

O Sesc realiza muitas ações de incentivo a trabalhos com grupos que têm como objetivo estimular a integração e a confraternização de jovens, adultos, pais, mães e trabalhadores aposentados.

Para valorizar a cidadania e oferecer assistência à população de baixa renda, o Sesc promove em parques, praças e centros públicos e populares ações para integrar crianças, jovens, adultos e idosos em diversas atividades culturais e para promoção da saúde, conhecimento e bem-estar. Com duração em média de um a cinco dias, as ações são gratuitas e têm caráter social e educativo. Para isso, o Sesc firma parcerias com prefeituras, associações de moradores e organizações não governamentais que ampliam ainda mais o alcance das ações. Durante as ações comunitárias são oferecidos serviços como exames de saúde preventivos; atividades esportivas e pedagógicas; feiras de saúde e alimentar; apresentações artísticas, jogos e brincadeiras; gincanas e oficinas; exibição de filmes; aulas de informática e de artesanato; palestras; e confecção de documentos.


LAZER

Para promover o Lazer em suas unidades de todo país, o Sesc une atividades de recreação, turismo, esporte e educação – sua principal diretriz de atuação. Dessa forma, todos os projetos de Lazer são pensados para disseminar valores, promover a criatividade e destacar habilidades. As unidades do Sesc contam com avaliação médica e programas de iniciação e estímulo à prática esportiva e formação de equipes. Suas infraestruturas dispõem de equipamentos para a prática de atividades físicas, piscinas e quadras de esportes, onde são realizadas atividades regulares, jogos, campeonatos e gincanas. Além disso, o Sesc promove inúmeras atividades de recreação, provas de corrida de rua, triathlon, excursões e passeios que proporcionem qualidade de vida e integração entre pessoas de todas as idades. Outro destaque é a preocupação do Sesc em democratizar o acesso ao lazer. Nas unidades espalhadas em cidades do litoral, do interior ou em espaços comunitários, diferentes idades e classes sociais se encontram no Sesc com o objetivo de se divertir, praticar esportes, assistir espetáculos e manter em equilíbrio a saúde física e mental gratuitamente ou a preços acessíveis.

O Sesc recebe todos os anos cerca de três milhões de turistas em seus hotéis e pousadas espalhados pelo país. São 43 unidades de hospedagem que valorizam o Turismo Social, uma atividade democrática fundamental para o lazer e a formação cultural do cidadão. Os hotéis são modernos, localizados em praias, estâncias ecológicas, grandes cidades e cidades históricas, oferecendo serviço e hospedagem de qualidade, pensão completa e um variado leque de atrativos. Tudo isso a preços acessíveis para a classe trabalhadora de menor poder aquisitivo.


SAÚDE

A saúde por meio da alimentação. Sob esse pilar a nutrição do Sesc promove ações educativas para a formação de bons hábitos alimentares. Os restaurantes do Sesc, por exemplo, seguem um cardápio elaborado por nutricionistas, possibilitando, assim, uma refeição variada, completa e saudável a preços acessíveis. Já nas escolas e nas unidades pelo país há o “Cantina Saudável”, levando para as lanchonetes o mesmo conceito de estimular o consumo de alimentos nutritivos na hora do lanche. Além disso, o comerciário tem a sua disposição um acompanhamento nutricional, com atendimento individualizado, exames clínicos e uma dieta específica para o controle de doenças como hipertensão, diabetes, colesterol e obesidade. O AvanSesc promove ações junto a escolas do Sesc para a promoção da saúde por meio da reeducação alimentar e acompanhamento médico e nutricional de crianças abaixo ou acima do peso.

As unidades do Sesc bem como suas unidades móveis, por meio do projeto Saúde Mulher, protagonizam uma das maiores cruzadas educativas e de prevenção ao câncer de mama e de colo de útero. Oferecem exames e aconselhamento médico para mulheres em todos os estados do país, principalmente em regiões distantes dos grandes centros urbanos, onde muitas vezes o próprio poder público não consegue chegar

Para o Sesc, a saúde é compreendida como reflexo das condições políticas, econômicas e sociais da população. Assim, o Sesc planeja suas atividades para que beneficiem milhares de brasileiros em todo o país. O Sesc oferece assistência médica com ações destinadas ao diagnóstico, à prevenção e ao tratamento de doenças; atendimento odontológico de qualidade; preocupa-se com a alimentação segura e balanceada através da atividade Nutrição; e, além disso, realiza projetos de Educação para Saúde que buscam prevenir doenças sexualmente transmissíveis, entre outras enfermidades, o controle social e promoção da saúde.

O Sesc também promove campanhas de vacinação, em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde de Estados e Municípios. Sempre que necessário coloca suas unidades, estruturas móveis e profissionais à disposição, para ampliar a rede de proteção e atendimento em grandes campanhas ou situações de exceção, como ocorreu durante a pandemia do coronavírus, que em todo o país unidades serviram de apoio para a realização de testes e vacinação do calendário regular.

CULTURA

O Sesc está em todo país para democratizar o acesso dos cidadãos à Cultura. Por isso, oferece ações que misturam entretenimento e diversão com educação
para promover cultura de qualidade e ajudar na formação de milhões de brasileiros. Grande parte das atrações culturais do Sesc são gratuitas e chegam
em locais que geralmente estão fora dos circuitos comerciais.

O Sesc promove sessões de cinema, peças de teatro, shows, exposições, festivais e saraus sobre temas referentes às nossas múltiplas culturas, realidades e sociedades. Meninos do sertão se encantam com a magia do cinema. Pantaneiros assistem a uma peça teatral. Gaúchos dos pampas vibram com uma biblioteca repleta de livros fantásticos… Muitas vezes é o primeiro contato dessas populações com essas maravilhas. A cultura regional também é valorizada, uma vez que o Sesc estimula a produção cultural das comunidades onde atua ou adapta conteúdos nacionais às realidades locais. Além disso, o Sesc ensina a “fazer Cultura” por meio de cursos, oficinas, workshops e palestras que formam multiplicadores, divulgadores, grupos, professores e até mesmo interessados apenas em aprender para, quem sabe um dia, compartilhar. Mais do que entreter, educar e conscientizar, a cultura é a base da expressão e da identidade de um povo. Há tantos matizes no Brasil que o Sesc reconhece seu desafio em fazer florescer cada vertente, sem preconceitos e sem interesses financeiros, em prol de um Brasil melhor. São muitos os exemplos e momentos mágicos. Milhares de brasileiros que frequentam ou um dia participaram de alguma dessas atividades culturais do Sesc tem ao menos uma história para contar. Há quem tenha saído das trevas, mudado sua vida ou simplesmente emocionado. Esse é o maior legado que o Sesc deseja deixar e seguir proporcionando aos brasileiros.

O Sesc trabalha pelo incentivo e difusão da produção musical brasileira, levando ao público diversas manifestações, desde atividades de formação, aprimoramento e shows, a apoio a projetos artísticos e de preservação do patrimônio musical brasileiro. Isso inclui ainda um enorme incentivo às produções e ao trabalho dos artistas locais, além de qualificação de profissionais da área. Paralelamente às programações regulares desenvolvidas em âmbito regional, são produzidas ações nacionais, como os projetos Sonora Brasil, Sesc Partituras e Rede Sesc de Mostras de Música. O Sonora Brasil é considerado o maior projeto musical do país, apresentando ao público shows de artistas de estilos pouco difundidos no intuito de despertar novos horizontes e um olhar crítico. O projeto realiza cerca de 450 concertos por ano, passando por mais de 100 cidades, a maioria distante dos grandes centros urbanos. O Sesc Partituras é um projeto que visa preservar e difundir o patrimônio musical brasileiro, oferecendo uma biblioteca de partituras digitalizadas. A partir de um eficiente sistema de busca, o site oferece acesso gratuito às partituras, permitindo a consulta e o download das obras catalogadas. O acervo, que é constantemente renovado, contempla músicas de compositores brasileiros de várias gerações, desde o período colonial até os dias de hoje. O projeto promove ainda concertos musicais com o objetivo de divulgar e proporcionar ao público o contato com as obras do acervo. Já a Rede Sesc de Mostras de Música atua no fomento e na difusão da música autoral, nos mais diversos gêneros e estilos do país, notadamente os não divulgados nos grandes meios de comunicação. Através do projeto, mais de 100 álbuns já foram gravados, o que representa ainda um importante mapeamento e contribuição para o registro fonográfico da música autoral brasileira.

O Sesc realiza diversas ações de artes visuais que difundem a linguagem de forma educativa. Abre espaço tanto para artistas consagrados como para estreantes exporem suas obras ou então participarem de oficinas e cursos. Também produz materiais educativos e promove visitas guiadas a fim de integrar o público às obras, ajudando no desenvolvimento de um olhar crítico e criativo. Um dos projetos desenvolvidos é o Arte Sesc. São mostras que percorrem as unidades da Instituição em todo país, aproximando a população das artes visuais, com desdobramentos locais por meio de ações educativas, performances e intervenções. Arthur Bispo do Rosário, Beatriz Milhazes, Carlos Vergara, Carybé, Claudio Tozzi, Lasar Segall, Nuno Ramos e Portinari foram alguns dos artistas que já integraram o Arte Sesc. O Sesc Confluências atua no fomento à pesquisa, prática e difusão das artes visuais. Por meio de encontros colaborativos, artistas, curadores, críticos, gestores e estudantes de arte reúnem-se em laboratórios culturais para o desenvolvimento de projetos coletivos, construídos a partir das demandas locais. O Sesc também desenvolve e distribui materiais pedagógicos, como a Caixa dos Escolhidos e o Bauzinho do Pintor, que são instrumentos para a formação de crianças, jovens e adultos em ambientes formais e não formais de educação, ampliando e difundindo a cultura brasileira.

O Sesc promove mostras, festivais e exibições de filmes com objetivo de multiplicar a cultura audiovisual dos brasileiros. Em alguns estados, o Sesc possui salas exclusivas e promove exibições de obras que não estão no circuito comercial. Mas em todo país o público pode ter acesso ao projeto CineSesc. Ele contempla as unidades de todo o país com sessões acompanhadas de palestras, debates e cursos com críticos para aproximar o público da sétima arte. Entre os filmes escolhidos, destacam-se títulos com temas históricos, políticos, sociais e culturais, principalmente do cinema nacional, para diferentes faixas etárias. Isso permite que grandes obras cinematográficas cheguem também ao público de menor renda, popularizando e difundindo a cultura nacional.

Formar leitores e estimular a ampliação da produção literária são objetivos do Sesc na área de Literatura. Por meio de palestras, oficinas, mostras, cafés literários, feiras e festivais, o público tem oportunidade de conhecer novas publicações e saber mais sobre o processo criativo. Esses eventos são também espaços de intercâmbio de ideias, como os circuitos do projeto Arte da Palavra, que percorrem o país aproximando leitores e autores e promovendo a diversidade literária brasileira. O Sesc também proporciona o debate e a reflexão sobre a literatura nacional, por meio da Revista Palavra, que divulga a produção de escritores conhecidos e novos nomes da literatura brasileira por meio de entrevistas, ensaios, críticas, resenhas, poesias e contos. Também contribui para a renovação do panorama literário com o Prêmio Sesc de Literatura. O concurso nacional, realizado nas categorias Conto e Romance, é destinado a autores estreantes, que são premiados com a publicação do livro pela Editora Record. Além disso, os vencedores participam de várias programações culturais promovidas pelo Sesc em suas unidades e em eventos de literatura, como a Festa Literária Internacional de Paraty – Flip.


EDUCAÇÃO

Processo de transformação social e cidadania, a Educação está em todas as ações do Sesc. Seja em atividades, seja em projetos, o objetivo é instruir, educar e orientar da melhor forma possível, nas mais diferentes áreas do conhecimento. No Sesc, a Educação é dinâmica e acredita na autonomia e na capacidade de cada aluno. Ela está nas salas de aula das escolas, nos cursos, nas bibliotecas, nas salas de ciência, nos centros de atividades, em todos os espaços educacionais. Da alfabetização aos cursos de atualização profissional, o Sesc oferece educação de qualidade a crianças, jovens, adultos e idosos. Além disso, investe na formação e capacitação de professores. Por meio de cursos, oficinas e seminários, os profissionais de pedagogia da rede pública e privada de ensino realizam na entidade um intercâmbio de experiências e conhecimentos.

Desde os seus primórdios, o Sesc se preocupa com os anos iniciais de formação das crianças e oferece atividades que valorizam as primeiras descobertas, levando em conta contextos sociais e culturais. Nas Escolas do Sesc de todo o país, as crianças de dois até cinco anos de idade participam de práticas pedagógicas diferenciadas, ouvem histórias, desenham, pintam e aprendem brincando a construir conhecimento. Além disso, a entidade valoriza a integração das crianças com a natureza e a sociedade e o hábito da leitura, fortalecendo as primeiras atitudes e valores. As crianças também interagem com o acervo das bibliotecas de livros, gibis e enciclopédias ilustradas, para que possam criar e recriar histórias usando teatro de fantoches, filmes e desenhos animados, estimulando sua criatividade e imaginação.

A proposta do Ensino Fundamental no Sesc reflete o papel social da educação, na formação de estudantes críticos e participativos e em uma escola dinâmica, que ultrapasse a transmissão de informação e se comprometa com a aprendizagem. Garantir o acesso aos conhecimentos produzidos pela história da humanidade e contribuir para a formação da cidadania. O ambiente físico é estruturado de modo a oferecer espaços adequados ao desenvolvimento infanto-juvenil, como quadras esportivas, piscinas, salas de aulas com recursos didáticos, laboratórios de informática, bibliotecas e/ou salas de leitura, parques infantis, entre outros. Atualmente, o Ensino Fundamental está presente em 82 escolas de 22 estados e na Estância Ecológica Sesc Pantanal, abrangendo mais de 20 mil estudantes em todo Brasil. A oferta dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) é realizada em dez estados.

O Ensino Médio consiste na etapa final da educação básica, voltado para jovens de 15 a 17 anos. As escolas do Sesc, presentes em quatro estados, objetivam o desenvolvimento da autonomia intelectual, pensamento crítico e inserção social, com duração mínima de três anos. Destaque para o projeto inovador da Escola Sesc de Ensino Médio (RJ), com uma moderna, completa e impressionante infraestrutura, que recebe alunos do Brasil inteiro, que podem, inclusive, morar no campus. A entrada nesta unidade é super concorrida. Todos os jovens selecionados têm bolsa de estudo integral com validade para os três anos do ensino médio, com cobertura das despesas relativas à instrução, livros didáticos e alimentação. Para os estudantes do regime residencial, a bolsa também contempla as despesas relativas à hospedagem.

Cursos livres voltados para a ampliação de conhecimentos e do universo sociocultural de jovens e adultos, contribuindo para aumentar a educação formal e informal em consonância com seus interesses acadêmicos, culturais e científicos. A educação complementar é formada por duas modalidades: complementação curricular e acompanhamento pedagógico. Um dos projetos de destaque é o Criar Sesc, que promove atividades para crianças do 1º ao 6º ano do Ensino Fundamental, de escolas públicas ou privadas, em turno inverso ao escolar, envolvendo oficinas, apoio nas tarefas escolares, além de ações integradas com outros programas do Sesc. São mais de 6,7 mil crianças inscritas. Há também apoio educacional para jovens no pré-vestibular, no estudo de idiomas, de aperfeiçoamento profissional e de educação ambiental.

O Sesc EJA (Educação de Jovens e Adultos) possibilita a continuidade dos estudos de milhares de brasileiros. Por intermédio do projeto Sesc Ler, a Instituição promove acesso da educação básica ao Ensino Médio para trabalhadores do comércio, dependentes e a comunidade em geral que não concluíram os estudos no tempo regular. Nos cursos de alfabetização, o Sesc adota metodologias educacionais sociais e construtivas que valorizam a cidadania de acordo com a realidade de cada aluno. Além disso, acontecem ações complementares em salas de leitura e bibliotecas, em mostras de artes plásticas, ações esportivas, culturais, de lazer e saúde, bem como cursos de geração de renda.

Promovidos desde a fundação do Sesc, em 1946, os Cursos de Valorização Social oferecem oportunidades de trabalho e inclusão social. Eles buscam incentivar a capacitação de jovens e adultos em áreas de trabalhos manuais, como pintura, culinária e costura como forma de complementação da renda familiar e incentivo ao empreendedorismo. Entre os principais cursos oferecidos estão: cabeleireiro, corte e costura, culinária, estética, pintura, colagem e artesanato, tricô e ponto de cruz.

Oferecido em unidades do Sesc em todo Brasil, o Programa Especial de Bolsa de Estágio (Pebe) promove a formação profissional de estudantes universitários, proporcionando–lhes experiência prática por meio de vagas de estágio no próprio Sesc. Há oportunidades para bolsas em diferentes áreas, de acordo com a necessidade de cada unidade. Universitários com deficiência ou alunos matriculados em cursos que não exigem estágio obrigatório também podem participar. Os estagiários selecionados têm direito a Bolsa auxílio, Vale Transporte, Recesso remunerado e Carteirinha do Sesc. O prazo máximo de duração do estágio é de dez meses e o mínimo é de três meses. Há possibilidade de renovação por um período de mais dez meses. A carga horária é de 20 horas semanais.


“Tão grande quanto o nosso imenso Brasil, o Sesc faz parte da vida das pessoas e do crescimento do País. Diariamente milhares de brasileiros participam das atividades promovidas pela instituição, que foi criada para os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus familiares, a quem destina prioritariamente suas ações nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência. Ao longo do tempo, esse trabalho foi estendido e, atualmente, toda a população se beneficia com seus serviços, dentro do compromisso do Sesc de cooperar com o governo, o empresariado e os trabalhadores, proporcionando mais qualidade de vida para cidadãos mais felizes e produtivos, que ajudam as empresas a crescer e o Brasil a se desenvolver junto com elas.”

José Roberto Tadros
Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e dos Conselhos Nacionais do Sesc e do Senac

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) foi criado em 10 de janeiro de 1946, por meio do Decreto-lei 8.621, para ser uma instituição privada com fins públicos voltada para a educação profissional. Sua missão é desenvolver pessoas e organizações para o mundo do trabalho com ações educacionais e disseminação de conhecimentos em Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Democratizar o acesso à educação profissional de qualidade, possibilitar a inserção social, levar educação e informação para brasileiros em qualquer ponto do território nacional.

Ao oferecer cursos e programações presenciais e à distância com foco na inclusão produtiva e na empregabilidade no Setor Terciário da Economia, a entidade busca suprir lacunas e carências profissionais das comunidades e, consequentemente, proporcionar o exercício da cidadania. Na primeira fase de sua criação, o Senac precisou desenvolver uma metodologia de ensino própria, uma vez que não existia educação profissionalizante voltada para o comércio de bens, serviços e turismo. Para isso, a entidade implantou, a partir de 1947, Centros de Educação Profissional nas principais capitais do País. As primeiras unidades instaladas foram nas Administrações Regionais de Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e Minas Gerais. Nos anos seguintes, as chamadas Delegacias Executivas da Administração Nacional se transformaram em Administrações Regionais, à medida que iam sendo criadas as Federações Estaduais do Comércio. Dessa forma, o Senac se espalhou por estados e cidades brasileiras.


Ao longo de sua história, o Senac formou profissionais e cidadãos, investiu em infraestrutura de ponta, desenvolveu tecnologias educacionais, produziu conhecimento e ajudou o comércio e o Brasil a crescer

A primeira escola Senac foi inaugurada em 1947, em Ribeirão Preto (SP), batizada de José Gomes da Silva. O objetivo de começar nessa cidade era a necessidade de capacitar os trabalhadores da região que estava deixando de ter uma economia agrícola cafeicultora, em decorrência da crise de 1929, e que passou a atrair imigrantes e brasileiros de diferentes regiões para trabalhar nas indústrias emergentes. A primeira turma de 56 alunos foi beneficiada com os cursos de Praticante de Comércio e Praticante de Escritório. O Senac chegou à cidade em meio a essa mudança econômica e seu sucesso foi tamanho que a unidade ganhou um novo e moderno projeto, em 1973, de autoria do arquiteto e urbanista Jorge Wilheim e do arquiteto Miguel Juliano e Silva. O prédio contava com laboratório de línguas, salas para os cursos de datilografia, loja e escritório modelos, biblioteca, auditório com capacidade para 200 pessoas e quadra de esportes. A unidade foi novamente modernizada em 2004 e passou de 4.981m² para 6.700m² de área construída. Atualmente, ela oferece mais de 250 cursos em 12 áreas do ensino, como gestão e negócios, comunicação e artes, gastronomia e tecnologia da informação, cursos de idiomas, pós-graduação, programa aprendizagem, além de ser um polo da Rede Senac EAD. A infraestrutura abrange 56 ambientes educacionais, entre laboratórios e salas de aulas, auditório com capacidade para 120 pessoas, local de convivência e biblioteca e conta com equipamentos tecnológicos de ponta. Para a gastronomia oferece laboratórios de cozinha, sala e bar, panificação e confeitaria, todos reconhecidos pela excelência e modernidade. A unidade tem capacidade para atender mais de cinco mil alunos por dia.

O primeiro desafio institucional, necessário e urgente, dessa primeira fase, foi criar ambientes administrativos e pedagógicos que propiciassem a Educação Profissional com características específicas do setor terciário da economia e que exigiam um planejamento de cursos embasados no mercado de trabalho, prática que se perpetua até hoje e fundamental para que se renove sempre.

Os principais cursos oferecidos eram de Aprendizagem, destinados aos jovens trabalhadores e candidatos a emprego, e os Cursos Práticos de Comércio, destinados a comerciários não sujeitos à Aprendizagem. Atualmente, tais cursos foram completamente remodelados e são oferecidos tanto presenciais quanto a distância em três níveis: formação inicial e continuada; educação profissional técnica de nível médio; e educação superior. Assim, o aluno pode planejar sua trajetória profissional de longo prazo.

No tocante ao ensino superior, as faculdades e os centro universitário Senac oferecem, desde 1989, cursos de graduação (bacharelados e de tecnologia) e de pós-graduação (aperfeiçoamento, especialização e mestrado profissional e acadêmico) em 10 estados. Outro ponto importante é o Programa Senac de Gratuidade (PSG) que oferece gratuitamente educação profissional de qualidade, ajudando milhares de pessoas menos beneficiadas a se posicionarem no mercado de trabalho. O programa investe em inovação pedagógica e na produção de conhecimento e ainda estabelece parcerias que auxiliam os governos em suas políticas públicas.

Ao longo de 74 anos de atividades, com presença em todos os estados do Brasil, em 1.728 municípios, o Senac preparou mais de 70 milhões de pessoas para o setor de Comércio e Serviços por meio de cursos de educação profissional em mais de 20 segmentos: Comércio, Gestão, Informática, Saúde, Beleza, Gastronomia, Turismo, Hotelaria, Eventos, Lazer, Comunicação, Moda, Artes, Design, Conservação e Zeladoria, Idiomas, Educacional, Social, Segurança, entre outros.

Há de se destacar a excelência e o prestígio no mercado de trabalho alcançados pelas escolas do Senac. Na área de turismo, hotelaria e gastronomia isso pode ser notadamente comprovado nos dois hotéis-escola Senac em capitais brasileiras – Ilha do Boi, em Vitória (ES), e Barreira Roxa (Natal/RN) – e nos dois Grande Hotel Senac no estado de São Paulo, em Águas de São Pedro e Campos do Jordão.

Na capital paulista, por exemplo, o Senac abriga cursos superiores de todos os segmentos com a mais moderna infraestrutura educacional, incluindo biblioteca com noventa mil itens, centro de gastronomia, centenas de salas de aula, dezenas de laboratórios, centro poliesportivo, centro de convenções e outros ambientes.

Um deles é o Centro Universitário Senac – Santo Amaro. Localizado numa área de 154 mil metros quadrados em Santo Amaro, região sul da capital, ele conta com prédios modernos em meio a um parque com muito verde. Seu projeto arquitetônico estimula a integração de alunos de diversas áreas do conhecimento, professores e funcionários. O espaço é composto por dois prédios acadêmicos, um centro gastronômico – referência do segmento no Brasil – uma biblioteca com seis mil metros quadrados, reitoria, prédio de design, centro esportivo, três praças de alimentação e um moderno centro de convenções.

O complexo soma 93 mil metros quadrados de área construída, com mais de 230 ambientes educacionais. Atualmente o campus oferece mais de 40 cursos de graduação, além de diversos títulos de pós-graduação lato sensu e de extensão universitária


No intuito de disseminar ainda mais a educação profissional, o Senac implementou o programa Senac Móvel que, por meio de caminhões adaptados e equipados, permite atingir os mais distantes locais do País oferecendo aulas teóricas e práticas nas áreas de Informática, Moda, Beleza, Turismo, Hospitalidade, Saúde , Gestão, Produção de Alimentos e Bebidas, Comércio e Desenvolvimento Educacional. Pernambuco foi o primeiro estado a receber uma unidade móvel, em 1984. Hoje, são 83 carretas-escola cruzando o Brasil, mais uma balsa-escola que chega aos mais remotos municípios interioranos ou ribeirinhos amazônicos com equipamentos e toda uma infraestrutura pedagógica de última geração. As carretas têm 14 metros de comprimento, 2,6 metros de largura e 4 metros de altura e acessíveis a portadores de necessidades especiais. Elas podem estacionar em eventos, áreas externas de empresas ou praças públicas de quaisquer localidades. Além dos cursos profissionalizantes, as unidades oferecem ações socioeducativas e uma variada programação de cursos, oficinas, workshops e atividades gratuitas. Podem permanecer de seis meses a um ano em cada município e sua disponibilização é feita a partir de parcerias entre o Senac e prefeituras, governos estaduais ou entidades representativas dos interesses comunitários. Ao longo de 2019, por exemplo, as unidades móveis percorreram 277 municípios e ofereceram mais de 24 mil vagas. “Com elas podemos levar o Senac para municípios afastados dos grandes centros urbanos, proporcionando desenvolvimento e inclusão social e educacional. É um trabalho que nos emociona…”, afirma Ana Rita Andrade, superintendente do Senac Bahia, que acompanhou a trajetória das unidades móveis ainda como estagiária, há 22 anos, e hoje atua como gestora educacional da instituição. Essa capacidade integradora e transformadora assegura oportunidades iguais a todos os alunos da entidade, independentemente do local do país. Por tudo isso, o SenacMóvel se destaca como um dos principais programas de educação e difusão do conhecimento para a construção de uma sociedade mais justa

A balsa-escola do Senac chega aos mais remotos municípios ribeirinhos amazônicos equipada com toda uma infraestrutura pedagógica de última geração para oferecer cursos profissionalizantes, ações socioeducativas e uma extensa programação de oficinas, workshops e atividades gratuitas


O ensino a distância (EAD) também é um dos pontos fortes do Senac. Ele encurta distâncias para aqueles que desejam ter acesso ao conhecimento e à qualificação, principalmente as populações distantes dos grandes centros, sendo um importante meio para a promoção da democratização do ensino. Em 2004, esse trabalho e essa competência foram reconhecidos pelo Ministério da Educação ao tornar o Senac a primeira instituição de educação profissional credenciada a oferecer cursos de pós-graduação lato sensu a distância, em rede nacional, com nota máxima. Em 2005, com cerca de 1.200 alunos matriculados, foram lançados os dois primeiros cursos de especialização: “Educação a Distância” e “Educação Ambiental”. Atualmente, a grade de cursos do Senac conta com oito diferentes tipos de oferta: Artes Visuais: Cultura e Criação; Educação Ambiental; Educação a Distância; Gestão Cultural; Gestão Educacional; Gestão da Segurança de Alimentos; Gestão de Varejo; e Governança de TI. Atualmente, são mais de 200 opções em cursos livres, técnicos, graduações, pós-graduações e extensões universitárias. Assim, um aluno pode, inclusive, construir uma trajetória de formação dentro do próprio Senac. Para atividades presenciais obrigatórias, a instituição conta com 354 Polos para oferta de cursos Técnicos; 323 Polos para oferta de cursos de Graduação; e 351 Polos para oferta de cursos de Pós-graduação credenciados, distribuídos em todos os Estados do país. Presente em todo território nacional, a Rede EAD Senac é, hoje em dia, uma referência na educação profissional a distância do País

O Senac se consolidou como um dos mais importantes produtores de tecnologia educacional no País. Há investimentos constantes em modernizar o material didático e pedagógico. Isso inclui livros, impressos, softwares, vídeos, mídias digitais, entre outros. O Senac mantém centros editoriais que contam com um vasto portfólio de livros e materiais didáticos e paradidáticos impressos. Há títulos de interesse não só para a educação profissional, como também de interesse geral, mas sempre ligados às áreas de atuação da entidade. Muitos dos produtos lançados, inclusive, já receberam prêmios nacionais e internacionais.

Paulo Accioly, 27, aluno do curso de francês do Senac Alagoas, foi o único brasileiro a ganhar uma bolsa para o curso de Arte e Imagem promovido pela Escola de Arte École Kourtrajme, em Seine-Saint-Denis, na França. A escola é comandada pelo artista Jean Réné, o JR, conhecido mundialmente por suas colagens fotográficas e intervenções. Após uma seleção que envolveu 650 inscritos de todo o mundo, dentro da qual Paulo teve de apresentar um vídeo e passar por uma entrevista em francês com o próprio artista, ele foi convidado a compor a turma. “Fui um dos treze selecionados. É inacreditável!”, afirmou ele, que trabalha como fotógrafo freelancer. “Acabei de concluir o nível Intermediário 2 do curso de francês do Senac e eles atestaram a minha fluência no idioma. Sou muito grato ao Senac, uma escola que agrega uma excelente metodologia a um material didático incrível, além de instrutores sensacionais e um preço que cabe no bolso”, complementou.

Desde 2018, o Senac Rio Grande do Norte é uma Microsoft School, integrando uma comunidade global de mais de duas mil escolas em todo o mundo. A unidade disponibiliza as tecnologias da multinacional, como os softwares via Azure Dev Tools for Teaching e o Microsoft 365, para municiar colaboradores e mais de cinco mil alunos para obterem sucesso no mercado de trabalho. Essa parceria com a Microsoft propiciou também, em 2019, a criação de quatro salas Education Experience na grande Natal e em Mossoró. Elas são uma espécie de laboratórios, com recursos e ferramentas de última geração que propiciam o surgimento de produtos e serviços inovadores. Entre os equipamentos estão óculos de realidade virtual, tablets, impressoras 3D, drones e câmera 360°. Um dos projetos que surgiram na escola foi o “Resgate ID – Identidade”, que representou a região Nordeste no Prêmio Sebrae de Educação Empreendedora, em 2019. Os alunos desenvolveram pulseiras coloridas com um chip para pessoas portadoras de doenças degenerativas ou alguma deficiência a fim de facilitar a comunicação em caso de urgências médicas. “Com essas tecnologias e rupturas de padrões conseguimos preparar nossos alunos para as novas necessidades do mercado de trabalho”, afirma o coordenador da área de Informática, Comunicação e Design do Senac RN, Renato Rodrigues.


A Balsa-Escola é um projeto que muito orgulha a CNC e o Senac, pois possibilita a educação profissional para municípios do imenso Estado do Amazonas. O acesso a qualquer cidade ou comunidade na região é feito quase na totalidade por barco, em trajetos muito complicados e que muitas vezes demandam horas de navegação. A maioria da população possui baixa escolaridade e existe alto índice de desemprego. A chegada da balsa-escola traz esperança e proposta de uma mudança de vida para os moradores dos municípios e das comunidades ribeirinhas amazônicas. Desde 2000, essa “escola sobre as águas” oferece uma infraestrutura com quatro laboratórios conectados à internet que oferecem cursos nos segmentos de Turismo e Hospitalidade, Informática, Saúde e Beleza. Possui também um ambiente que se transforma em um miniauditório, onde são ministrados os cursos dos segmentos de Gestão e Comércio. Os cursos de capacitação e ações de integração e educação promovem a geração de renda e empreendedorismo local. Em duas décadas, já foram atendidos os municípios de Parintins, Barcelos, Urucará, Nhamundá, Barreirinha, Maués, Borba, Boa Vista do Ramos, Humaitá, Anamã, Beruri e, recentemente, Caapiranga, totalizando mais de 14.000 atendimentos.

O Senac se orgulha de sua atuação pela educação e pela inserção de milhares
de jovens no mercado de trabalho


“Há mais de sete décadas, o Senac vem transformando a vida de milhões de pessoas por meio da oferta de cursos e serviços voltados para a educação profissional, em sintonia com as necessidades do comércio de bens, serviços e turismo, formando profissionais e cidadãos, que ajudam o comércio e o Brasil a crescer. Essa atuação é reconhecida pela excelência e qualidade dos cursos oferecidos em cerca de 1.800 municípios brasileiros. Ao investir os recursos vindos da contribuição empresarial em educação profissional de excelência, o Senac se alia ao desenvolvimento das empresas e reafirma sua missão como agente de transformação social, que construiu sua história sempre de olho no futuro. Um futuro que se renova a cada dia, como o próprio Senac.”

José Roberto Tadros
Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e dos Conselhos Nacionais do Sesc e do Senac

Carlos Artexes Simões

Diretor-Geral do Sesc

Carlos Artexes Simões ingressou no Sesc em maio de 2015, como vice-diretor
da Escola Sesc de Ensino Médio. Em outubro, assumiu a direção-geral do
Departamento Nacional do Sesc.

O Sesc foi criado em 13 de setembro de 1946 em meio a um cenário de pós-guerra como uma instituição destinada a promover uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores do comércio e seus dependentes. A primeira unidade surgiu no Rio de Janeiro, com oferta de assistência à maternidade, infância e combate à tuberculose. Desde então, as ações foram ampliadas e diversificadas, guiadas pelas necessidades de seus mais diversos públicos e suas características regionais. No final da década de 1940 surgiram as primeiras colônias de férias, que se multiplicaram, constituindo hoje a rede do Turismo Social, com unidades de hospedagem e oferta de passeios e excursões.

Na década de 1960, o Sesc expandiu seus serviços para além dos muros com as primeiras unidades móveis, um trabalho que cresceu e que hoje amplia a área de atuação da Instituição com ações de saúde, lazer, nutrição e cultura. Ainda nessa época, o Sesc lançou uma atividade pioneira, o Trabalho Social com Idosos (TSI), dedicando atenção a uma parcela da sociedade que vinha sendo negligenciada e trabalhando no resgate de sua autoestima. A partir da década de 1980, surgiram os projetos nacionais que fortaleceram as ações da Instituição, ampliando a abrangência de sua atuação. Palco Giratório, Sonora Brasil, Arte Sesc, Prêmio Sesc de Literatura e Mesa Brasil são alguns exemplos. No final da década de 1990, a entidade deu um importante passo na área socioambiental, com a implantação do Sesc Pantanal. Em 4 de julho de 1997, o Ibama reconheceu a área como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), a maior do país, com 107.996 hectares.

Em 2008, outra importante iniciativa marcou o pioneirismo e compromisso do Sesc com o desenvolvimento social: a Escola Sesc de Ensino Médio, localizada no Rio de Janeiro, atende a alunos de todos os estados do país, com oferta de uma educação de excelência, gratuita e integral. O campus de 131 mil metros quadrados conta com uma privilegiada estrutura de ensino, espaço cultural, laboratórios, biblioteca, ateliês de arte, complexo esportivo, restaurante, além das vilas residenciais. Ao longo dessas décadas, o Sesc montou uma grande estrutura física em mais de dois mil municípios de todo o país. São 623 unidades fixas e 150 unidades móveis, que empregam 35 mil colaboradores, profissionais que constantemente se aprimoram dentro de suas áreas de atuação de forma a acompanhar a evolução da sociedade e as demandas do público nos diferentes estados brasileiros.

 O Sesc sempre teve como objetivo fazer parte da história das cidades onde se instala. Estudos prévios são realizados para entender o cotidiano das localidades e seus moradores, suas necessidades e demandas. Seja nos grandes centros ou em municípios do interior, as ações são pensadas para levar qualidade de vida e ampliar os horizontes da população.

O Sesc Paraty é o caso mais recente. Inaugurado em 2012, ele foi um projeto iniciado a partir da participação da entidade na Flip, em 2005, que se transformou em uma ação permanente, oferecendo cultura e resgate das tradições artísticas da região. Mas é por meio dos depoimentos das pessoas que frequentam nossas unidades que conseguimos perceber de que forma o Sesc transforma vidas com suas ações. É o caso do seu Valmir, de Almenara (MG), criado na da zona rural, que entrou pela primeira vez em uma sala de aula, graças ao projeto Sesc Alfabetização, e que hoje escreve até poesia. Ou do Giuliano (CE), de 27 anos, que pratica judô no Sesc desde os 17 anos e hoje é o segundo judoca brasileiro com síndrome de Down graduado no 2º DAN da faixa preta da modalidade.

Cada experiência de unidade do Sesc é única e não pode ser copiada, mas aprendemos muito com as realizações e boas práticas de cada uma. A Escola Sesc de Ensino Médio é um exemplo. A comunidade escolar oferece ensino gratuito e de excelência a alunos de todo o país. Na área ambiental é inquestionável a relevância do trabalho do Sesc Pantanal. Integra a população local à comunidade indígena, pesquisadores, universidades e organizações não governamentais. Amplia o conhecimento técnico-científico necessário a uma gestão ecológica sustentada, sempre com total respeito às tradições, às manifestações culturais e ao modo de vida dessas populações. A instituição também é modelo na transformação de espaços urbanos. Um exemplo é o Sesc Pompeia, construído em uma antiga fábrica de tambores e geladeiras e que hoje é um símbolo artístico-cultural da cidade de São Paulo.

O elenco de artistas que já passou pelos palcos e projetos do Sesc é enorme e diverso, um grande orgulho para a Instituição. Nossos espaços abrigam desde artistas renomados até aqueles que têm um trabalho mais autoral ou de tradições históricas que nem sempre encontram lugar na mídia comercial. Alguns momentos foram memoráveis, como o lançamento do livro de Fernanda Montenegro no Sesc Paraty, durante a Flip em 2018. Em 2010, o mestre Ariano Suassuna abriu a 12ª edição da Mostra Sesc Cariri de Culturas, no sertão cearense. Então com 83 anos, Suassuna fez uma aula-espetáculo na antiga estação ferroviária da cidade de Crato, reunindo milhares de pessoas. A atriz Maria Alice Vergueiro rodou parte do país em 2016 com o projeto Palco Giratório, já com 81 anos e um quadro de dificuldades de locomoção, levando ao público o espetáculo Why the horse?, no qual encenava a própria morte, que veio a acontecer recentemente.

O Sesc é uma das maiores instituições de responsabilidade social do Brasil. No quadro de preocupantes desigualdades sociais do país assume uma grande responsabilidade e a tarefa de ampliar a “cultura da solidariedade” no ambiente empresarial e dos trabalhadores do setor de comercio, serviços e turismo. Programas como o Mesa Brasil retratam bem essa questão: ao fazer a ponte entre doadores e pessoas que precisam de alimentação, combate a fome e o desperdício, distribuindo anualmente cerca de 40 mil toneladas de alimentos, que beneficiam mais de 1,4 milhão de pessoas. Neste período de pandemia, essa ação se fez ainda mais importante. O programa ampliou sua atuação em todo país, levando cestas básicas e alimentação de qualidade a famílias que se viram sem recursos. Com o apoio de empresas parceiras e da população, formou uma grande rede de solidariedade que distribuiu, entre março e junho, mais de 16 milhões de quilos de alimentos.

O cenário atual exige do Sesc uma adequação aos novos tempos, inclusive participar de parcerias com outras instituições que atuam no campo social. Isso porque os protagonistas são nossos frequentadores. Eles descobriram o hábito da leitura nas bibliotecas; conseguiram um sorriso mais bonito no trabalho do OdontoSesc; emocionaram-se nos teatros; superaram as próprias expectativas nas corridas de rua ou nos jogos esportivos; aprenderam as primeiras palavras nos bancos do Sesc Ler; fizeram novos amigos nos grupos de convivências e nas atividades de recreação; curtiram as férias nas unidades do Turismo Social; se divertiram nas brinquedotecas; sentiram-se úteis como voluntários do Mesa Brasil Sesc… Ao longo de 75 anos, são muitas as histórias a serem contadas, juntamente com inúmeras outras que continuarão acontecendo nas unidades do Sesc em todo o país.

A trajetória de expansão e fortalecimento do setor de comércio e serviços no Brasil caminha em paralelo com a história da CNC. Nesses 75 anos, a entidade vem cumprindo o papel fundamental de defender os interesses do setor junto ao poder público, nos fóruns políticos e junto à sociedade civil. Também colabora com a proposição de políticas públicas, desenvolvendo e divulgando estudos e pesquisas importantes, especialmente no campo da economia e do consumo. São ações estratégicas que favorecem a ampliação dos negócios e a geração de empregos. No comércio de bens, serviços e turismo, estamos falando de mais de 25 milhões de empregos diretos e formais. Em momentos de crise, como o que estamos atravessando, a entidade tem exercido liderança efetiva, agregando interesses do empresariado, defendendo medidas para o desenvolvimento econômico do país e fortalecendo uma das maiores iniciativas de responsabilidade social empresarial do Brasil: os Serviços Sociais Autônomos do setor de comércio de bens, serviços e turismo. Na condição de gestora superior do Sesc e do Senac, a CNC impulsiona também o desenvolvimento social, fomentando a pujança dessas instituições. Parabéns a todos que fazem a CNC. Que prossigam escrevendo uma história de sucesso e apontando os melhores caminhos para o nosso país!

Sidney Cunha

Diretor-geral do Departamento Nacional do Senac

Sidney Cunha iniciou sua trajetória no Senac em 1976. Em novembro de 2020, portanto, completou 44 anos na Instituição. Ele é economista e pós-graduado na área de Gestão e de Tecnologias de Informação. Atuou na gestão da Instituição como diretor em diversas áreas: Planejamento, Educação Profissional, Tecnologia da Informação e também Diretor Regional no Senac Amapá, tendo assumido em dezembro de 2001 a Direção-Geral do Departamento Nacional.

Na primeira fase de sua criação, o Senac precisou desenvolver um ensino próprio, já que a Educação Profissional dava os primeiros passos no Brasil. Graças ao seu espírito inovador, o Senac implantou os Centros de Educação Profissional que se disseminaram por todos os estados e cidades brasileiras. É importante ressaltar que os cursos profissionalizantes têm características estruturais, administrativas e pedagógicas próprias, que exigiram um planejamento embasado em estudos de mercado de trabalho, prática que se perpetua até hoje e fundamental para que a Educação Profissional se renove sempre. Os principais cursos oferecidos eram de Aprendizagem, destinados aos jovens e candidatos a emprego, e os Cursos Práticos de Comércio, para os já comerciários. Na atualidade, tais cursos foram completamente remodelados e são oferecidos como Formação Inicial e Continuada. São, na sua maioria, cursos gratuitos, financiados com recursos do Programa Senac de Gratuidade, no qual é investida 66,67% da receita da contribuição social que a entidade recebe mensalmente dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Hoje, só na Formação Inicial, estão sendo preparados mais de 100 mil jovens. Convém lembrar que o Senac tem ainda uma oferta de mais de cem cursos de Educação Técnica e cursos de Educação Superior, presenciais ou de ensino a distância, todos muito bem avaliados pelo MEC. Anualmente, mais de um milhão de alunos frequentam esses cursos e conseguem um certificado, que é um passaporte para ingressar no mundo do trabalho.

As transformações mais profundas que a Educação Profissional do Senac provoca ocorrem nas pessoas. Temos exemplos diários de histórias de vida que foram modificadas. E isso é muito relevante. Em 2001, fizemos um livro e um videodocumentário com o fotógrafo Pedro Vasquez que conta as histórias de moradores de diferentes cidades que frequentaram os cursos das unidades móveis de ensino do Senac: a carretaescola e a balsa-escola. Foi uma verdadeira expedição por 13 cidades do interior do País que revelou o poder transformador da educação para o trabalho. Outro exemplo foi a chegada de uma unidade no Centro Histórico do Pelourinho, em Salvador. A área, que estava degradada, foi restaurada e revitalizada. O Senac montou ali um complexo de ensino, cultura e gastronomia. O espaço conta com restaurante-escola e um museu, o primeiro da América Latina dedicado à Gastronomia Regional. O Museu da Gastronomia Baiana é hoje um centro de referência internacional. Temos muitos outros exemplos de cidades onde o Senac restaurou patrimônios históricos, aliando Educação Profissional e resgate cultural, como as unidades de São Luiz (MA), Campos do Jordão (SP), Manacapuru (AM), Aracajú (SE) e Foz do Iguaçu (PR).

Cuidamos de todas as unidades de ensino para serem referência em Educação Profissional de qualidade. O Senac prima por ter unidades modernas, bem equipadas, com colaboradores preparados, como os hotéis e restaurantes-escola.

 Sim. O primeiro restaurante-escola foi inaugurado em 1962, no Paraná. De lá para cá, levamos o projeto a também a unidades hoteleiras que, atualmente, são referência, como o Grande Hotel São Pedro, em Águas de São Pedro (SP), e o Grande Hotel Campos do Jordão (SP). Na mesma modalidade temos também o Hotel-escola Barreira Roxa, em Natal (RN), que é um projeto pioneiro de hotelaria sustentável, e o Hotelescola Ilha do Boi, em Vitória (ES), além dos restaurantes-escola que funcionam no Congresso Nacional.

 Sem dúvida. É uma enorme satisfação fazer parte da vida de diferentes gerações de brasileiros. Afinal de contas, em Janeiro de 2021 o Senac completa 75 anos de existência. Foram mais de 70 milhões de brasileiros atendidos. Poucas instituições conseguem ser tão longevas e, ao mesmo tempo, tão atuais. As transformações do mundo do trabalho são acompanhadas diuturnamente por nossas equipes, dos executivos a cada colaborador em sala de aula. Estamos nos reciclando e nos aprimorando o tempo todo. E isso é muito singular no “País do Descontínuo”. Como dizia o poeta Affonso Romano de Sant’Ana, no Senac “tudo conjumina, tudo floresce, se renova e se espraia”. E isso é estimulante.

A evolução do mercado de trabalho faz parte do alicerce do Senac. A entidade foi criada e é administrada por empresários e isso faz toda a diferença. Nosso modelo pedagógico olha o futuro para definir o presente. As pesquisas das demandas empresariais e de avaliação da nossa educação profissional fazem parte da rotina de apoio ao nosso planejamento educacional. De outro lado, temos uma escuta ativa do mercado, por meio de fóruns setoriais empresariais, que nos ajudam a desenhar novos produtos e serviços. Mas, independentemente disso, ter na alta administração pessoas que vivem o mercado, que entendem do que a entidade precisa para se reinventar e se renovar é muito importante. Por tudo isso é que o Senac aponta para uma educação inclusiva, que prima pela produtividade, autonomia e criatividade do trabalhador.

Diria que o tempo é o nosso aliado e o nosso algoz. Se o tempo nos permitiu acumular um vasto conhecimento pedagógico e de tecnologias educacionais aplicadas na educação para o trabalho, é ele também que nos desafia a nos mantermos atualizados diante de tão rápidas transformações. E aí não falo apenas das transformações da educação, mas da própria sociedade. No mundo atual, oferecer a Educação Profissional baseando-se no conceito de educação flexível é um ponto impositivo. Isto pode ser feito por meio de uma integração dos momentos presenciais e não presenciais, apoiados em um uso mais intensivo de tecnologias educacionais e, em médio prazo, da oferta de itinerários formativos personalizados e certificações específicas em sintonia com as demandas do setor produtivo. Outro desafio é reciclar profissionais que perderam ou que devem perder suas ocupações que poderão, sem a devida qualificação, ampliar os índices da economia informal, que vem aumentando nos últimos anos. Entretanto, o maior de todos os desafios que temos é equacionar a sustentabilidade financeira necessária à execução de nossa missão com a disputa cada vez maior pelos recursos financeiros da entidade e por uma demanda crescente por produtos e serviços voltados aos segmentos sociais mais desfavorecidos da sociedade.

Sem dúvida! A entidade está sempre se reinventando para manter um tamanho compatível com a sua missão. Para isso, uma gestão cada vez mais eficiente e transparente dos recursos é fundamental. Fazer mais com menos sempre foi a nossa realidade. Agora eu diria que teremos o desafio de fazer mais com muito menos. A existência do Senac sempre foi garantida pela sua grande capacidade de superar a adversidade da realidade brasileira. Penso que, com a inventividade, o comprometimento e a responsabilidade dos nossos gestores e colaboradores, vamos vencer esses desafios.

O ideário da CNC traz uma profunda identificação com os princípios fundamentais da educação para o trabalho e para a equidade social. Ele fala em Estado democrático de direito; em liberdade individuais e coletivas, em lealdade e ética no desempenho da atividade profissional, em harmonia, solidariedade e entendimento. Dessa forma, a Confederação, enquanto entidade responsável pela organização e administração do Senac, imprimiu na Instituição de educação profissional uma marca forte de responsabilidade social. São 75 anos de condução de uma política focada na transformação do trabalho pela educação. Esse é um legado inestimável ao País que jamais perderá a sua importância para toda a Nação Brasileira. E me orgulho de ser testemunha dessa história e legado.

“Ter realizado o curso na Balsa-escola e graças ao certificado conquistado no Senac foi possível participar do concurso municipal de Caapiranga e obter a aprovação para a vaga de merendeira. Foi a realização de um sonho.”

Naidiane da Silva Martins
Caapiranga (AM)


“Estava muito difícil conseguir um emprego. Davam a desculpa de que eu
não tinha experiência ou era menor de idade. Com o curso de Aprendizagem
em Serviços Administrativos, da Unidade Móvel de Informática e Gestão, tive a oportunidade de estagiar em uma Farmácia e, a cada dia que passa, sinto que foi fundamental para meu desenvolvimento e crescimento profissional.”

Greice Kellen Rosado
Cachoeira do Sul (RS)


“Eu amo cozinhar e sei que é um constante aprendizado. Quando você tem um curso de Cozinha do Senac as portas se abrem e o mercado de trabalho te enxerga de uma maneira diferente. Ter todas essas oportunidades da unidade móvel aqui em Cajazeiras pode mudar a vida de muitas pessoas.”

Alipio Filho

Salvador (BA)